O desfecho do caso Battisti é vergonhoso. Mas nada tem de surpreendente
A trama destinada a impedir que o assassino Cesare Battisti fosse extraditado para a Itália começou a ser forjada quando Tarso Genro virou ministro da Justiça do governo Lula. Dois posts de 2009, reproduzidos na seção O País quer Saber, ajudam a desmontar o embuste concluído nesta quarta-feira pelo Supremo Tribunal Federal. A decisão de manter Battisti por aqui, aprovada por 6 votos a 3, consumou um aleijão jurídico perturbador: voluntariamente, a maioria dos ministros entregou ao chefe do Executivo poderes que a Constituição atribui ao STF. E a libertação de um condenado por quatro homicídios avisa que a impunidade institucionalizada dos bandidos com amigos poderosos passou a valer também para estrangeiros.
É um desfecho vergonhoso. Mas nada tem de surpreendente.
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